Boa tarde, Tia Lourdinha! Tudo bem?
Olhe, como sempre peço nesses momentos que atraso para responder ou dar notícias, mais uma vez te peço desculpas mas ao mesmo tempo compreensão :)
Ponho um sorriso virtual para tentar amenizar um clima que vem se construindo há alguns anos; a ideologia do ódio tem sido hegemônica e nos atacado de diversas formas. O coronavírus e Bolsonaro não passam de sintomas, pois estamos doentes e adoecendo quem nos cerca.
Esse final de semana está sendo especialmente difícil e melancólico: é feriado de Carnaval. A senhora, boa pernambucana, conhece a quantidade de energia que é intencionada e vivenciada nesses dias de folia. Uma energia tamanha e ao mesmo tempo histórica-ancestral que reverbera, ecoa no tempo-espaço e nos atinge de forma fenomenal. Ontem, sábado de Zé Pereira, foi certamente o dia mais triste do ano; hoje, uma hora dessas, estaria esperando Elefante sair junto um mar de gente e avistando o pôr do sol que só rola nos finais de tarde, em Olinda, no Carnaval - preferencialmente nas ruas de Guadalupe.
Eu estou tão triste quanto poderia estar. Não parece fazer sentido em palavras, mas a felicidade também está presente, pelo simples fato de poder sentir isso tudo, por estar vivo.
Vovó Risoleta e vovô Petrônio já tomaram a primeira dose da vacina, assim como vovó Zélia - mãe de painho. Espero que a senhora também já tenha tomado ao menos a primeira dose e que possamos vislumbrar uma luz no fim do túnel dessa jornada que já se arrasta há tempo demais.
Um beijo,
Do seu sobrinho,
Filipe
P.S.: Envio uma foto para a senhora ver o tamanho do meu cabelo como está grande! Vovô ainda não aceitou rsrs
P.S.2: As fotos na praia são na Paraíba; menos a do por do sol em que estou de ponta cabeça, essa é no Rio Grande do Norte