terça-feira, 25 de agosto de 2015

Catarse noturna

Noite. É escura e fria, mas também colorida e quente. Dizem que é uma criança e que nunca sabemos o que esperar dela.

E pode crer.

Ela pode durar meia hora ou uma vida; pode acontecer tudo, inclusive nada. Mas quando a gente compreende que nada também é tudo o mundo inteiro desabrocha.


O escuro de repente cintila, vibra em tantas cores que é impossível perceber mais do que isso.

O frio, outrora congelante e solitário, muda, torce e quando se vê queima. Queima num calor que emana vida, luz e energia; vivo. Um calor que atrai e se espalha, busca e protege.

Quando se vê está cercado. Mas livre. Sempre livre.
Quando se vê vê! E a noite se despede, um ciclo se encerra e outro está prestes a começar.

Mas, na verdade, essas noites nunca acabam. Estão fluindo até agora e indefinidamente; infinitamente. Livres como o vento, constantes como o tempo.

Algum dia hei de encontrá-la de novo, só que novo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário