domingo, 21 de setembro de 2025

o paradoxo da ruína

põe ordem no caos
mas se afasta do real
a razão acontece na mente
o real vibra no corpo

erguem-se pilares da razão
diante deles
em um ato de fé
é preciso ceder
ao murmúrio dos sentidos
à vertigem do instante
ao que se esconde nas frestas
da racionalidade

pilares pra sustentar
e ter onde pisar 
mas não lamentar
ao caminhar sobre ruínas
aprender a trilhar
entre abismos

mergulhar em cada buraco
descer aos cantos mais íntimos
despindo peça por peça
até que o medo se dissolva
e do corpo surja
um poder secreto
ardendo como verdade

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