Dependendo das condições biopsicossociais, tudo que entra sai poesia.
Tempestade perfeita dentro de um filtro de barro.
Tempestade perfeita dentro de um filtro de barro.
Destilação lenta, cada gota carregando minerais de memórias e fantasmas.
Às vezes entra ventania, sai melancolia.
Entra intenso, sai silêncio.
Às vezes entra ventania, sai melancolia.
Entra intenso, sai silêncio.
Entra miragem, sai vertigem.
Entra amor, sai torpor.
Laboratório e altar. Cada gota atravessa deixando pra trás impurezas microscópicas.
E quando alcança a boca do filtro, se derrama em caminhos que você nem sabia que sabia. Nem que existia.
Sem peso, as últimas gotas caem ainda mais lentas, carregando o que sobrou do dia, restando suor, lágrimas e poesia. Lodo no fundo.
Na saída, eu lia cada verso filtrado na paciência do barro e decantado no tempo.
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