quero te mostrar umas coisas. coisas que fui guardando. tem coisas que lembrei de você por engano, outras que me lembraram você antes mesmo de eu terminar de ver. algumas, confesso, eu forcei. qualquer coisa virava você.
a lista virou uma coreografia dançando com o tempo. um filme velho, não daqueles que eu te mostrei e depois pedi desculpas, mas um bom filme. aquele set que começa no caos, navega outros universos e, por fim, pousa suave em silêncio pleno.
fui guardando. com método, mas sem plano. aquela vontade meio despropositada de construir bancos de dados. de qualquer coisa que ecoasse. guardei porque sim.
porque quero te mostrar o cinema pernambucano, porque o filme é vintage, e porque não aguento mais mostrar filme ruim pra tu.
porque quero mostrar pra você a síntese dessa discussão sobre ciborguismo, cyberpunk e pós-humanismo.
porque quero te mostrar esse ensaio que fala de sonho e de uso de psicodélicos pra cura.
porque acho que tu vai gostar.
porque não mostrei antes, e agora parece tarde, mas ainda assim, quero.
porque quero te mostrar que o brega cura onde dói.
porque esse brega então, esqueça tudo.
porque quero te mostrar essa série distópica.
porque quero mostrar onde o rap encontra com o brega.
porque o brega também dói onde cura, rs.
porque, véi, aqui eu já tava numa energia de foda-se, qualquer coisa tava me lembrando você.
porque aqui é um set finíssimo, acelerado e noturno. a tua cara.
porque esse aqui me pegou daquele jeito: mil lembranças, mil ressonâncias, todas belamente dilacerantes.
porque esse outro set é muito brabo, mais voltado pro prog, pro som diurno, mas fino, você vai gostar.
porque esse aqui me surpreendeu pra caralho! começa acelerado, muito noturno, e termina meio introspectivo e progressivo. esse aqui é creme de la creme. nada mais digno de você.
porque lembrei de você. essa aqui inclusive eu me esforcei, queria que fosse perfeita.
porque essa aqui são vidas passadas, presentes e pretéritos imperfeitos.
porque laia.
porque, nossa, essa aqui é você toda. não tem quase nada meu aqui.
porque é arte com traços, desenho e processo.
porque aqui foi a cura, viu? aqui me pegou daquele jeito e eu só agradeci.
porque melancolia.
porque aqui é você toda. tem muito de mim também. muito, muito. mas é você, sem dúvida.
porque mesmo quando era sobre mim, era você que eu queria que visse.
to ficando repetitivo.
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