Nas mãos o peso do abraço que não deveria ter soltado.
Na boca o gosto de cada palavra que devia ter falado.
Há erros grandes como montanhas.
Outros que mesmo tão pequenos como grãos de areia,
formaram um deserto de dunas entre nós.
Fui eu que levantei cada tijolo desse muro.
E não consegui mais atravessar.
Fui eu que, conhecendo o caminho, escolhi o mais difícil.
E caminhei descalço.
Busquei além do razoável.
Aproximei-me quando a distância já era sentença.
Não consegui fazer diferente, mesmo quando o diferente era a única chance.
Se pudesse apagar, apagava.
Se pudesse ir embora, ia.
E caminhei descalço.
Busquei além do razoável.
Aproximei-me quando a distância já era sentença.
Não consegui fazer diferente, mesmo quando o diferente era a única chance.
Se pudesse apagar, apagava.
Se pudesse ir embora, ia.
Calor dissolvendo, deixando nada para lembrar.
Agora não posso mais buscar.
Mas, por enquanto, ainda se senta no meu peito como se fosse sua poltrona.
Mas, por enquanto, ainda se senta no meu peito como se fosse sua poltrona.
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