Chamando atenção pra esse turbilhão de ideias que tá saindo.
Porque agora ficou bizarro, né?
Tudo bem. Teve sentimento, teve entrega.
Mas é isso, sou eu, né?
Porque agora ficou bizarro, né?
Tudo bem. Teve sentimento, teve entrega.
Mas é isso, sou eu, né?
Eu sou parte disso. Desse processo que despertou.
Ou será que não foi bem assim?Fico tentando entender.
Se era uma coisa minha que já vivia aqui, escondida, calada, contida
e que, depois da faca fincada e arrancada, o sangue jorrou do peito.
Ou se foi ela mesma que trouxe algo de fora,
enterrou delicadamente uma semente no coração,
que cresceu em silêncio até virar estaca.
E jorrou sangue.
Como é que isso funciona?
O atravessamento de uma pessoa que faz nascer um rio vermelho dentro da gente.
No meu caso veio póstumo.
Antes estava travado?
Não deixava sair?
Ou será que só existiu depois que ela foi?
Porque se não é expresso, não existe. Quase. Entra como sol e sai como incêndio.
Não importa. Não é isso que importa. Se veio antes ou depois.
Tava acumulando e não tava fluindo, enchendo e não escoando.
E aí transbordou. Só que transbordou em desastre, rompeu a barragem, alagou, afogou, matou. E deixou estéril.
Foi isso: Nutrição. Fermentação. Contenção. Explosão.
Assassinato e morte.
E o fim.
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