quarta-feira, 23 de julho de 2025

Minha forma favorita

Que é que eu posso fazer se tu é poesia inteira do começo ao fim, do fim ao começo? No futuro, no presente e no pretérito imperfeito.

Lendo cartas imprecisas, displicentemente, como eu mesmo havia alertado. Faça o que eu digo mas não faça o que eu faço. Pra se fuder.

Não largo o osso, mesmo com tantos abutres que só pensam em me comer. Mas vamos vencer.

O que eu posso fazer? A tua escolha, uma releitura sutil do próprio chamado — charmosa, simples e perfeita. O triângulo é a minha forma favorita. Três pontos que se equilibram eternamente.

Os olhos são a janela da alma, espelho para o universo, se ver de perto galáxias, nebulosas e todos os pilares da terra estão lá. Mesmo que não enxerguem o tempo todo, há todo tempo vértices para o infinito.

Decifrar a vida por vias neurais invertidas, processadas organicamente, de forma singular. A gente vê o que a gente é. Uma combinação de códigos caótica de forma que cada leitura é única. Babilônia burns.

Decifrar a vida via tecnologia cultural. Ler com cada bastonete os cantos mais escuros, com cada cone as cores mais quentes. Ler no pretérito imperfeito uma escrita que ama o que fere e vice-versa.

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