santo anjo do torpor
cura o que não tem nome
meu delírio guardador
acalma o que pulsa e me consome
me visita à meia-luz febril
desamarra a carne
destranca o sonho
arranca esse espinho
se a mim te confiou a saudade como sina
faz dela jardim colorido
com amor e verdade
sempre me transforme
mesmo que ainda sem rosto
com honra e dignidade
me devolve o sopro
mesmo louco
me refaz
me alucine
e, quando nada restar
me desgoverne
amém
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