delírio, refúgio, ficção
luto pelo que ainda está vivo
mas já virou fantasma
construindo uma fantasia na cabeça
porque a realidade não dá conta
daquilo que inventei pra ela
não sei mais aproveitar
as pessoas que me amam
não consigo atravessar o vidro
entre o gesto e o toque
o que sinto falta não existe mais
então sigo em frente
mas pra onde?
como é que não fuma?
inversamente proporcional
à intensidade do sonhar
tenebrosa sensação
no fim
Nenhum comentário:
Postar um comentário