Obrigado por esperar. Acordei num instante onde tinha feito tudo diferente. O gesto certo, o tempo certo, as palavras exatas. Senti o calor do abraço depois de muito tempo fora, vi os olhos fecharem em paz. Fica aqui.
Tudo ficou num tom azul-turquesa com raios de luz pulsantes, ora vermelha-neon, ora amarelo-elétrico. Quando os olhos se abriram li tudo caleidoscópico. Lia, mordendo os lábios, dentes cintilando turquesa-neon, seus olhos antes tão vivos, que me atravessavam, agora opacos, sem direção.
Eu me joguei adiante, estiquei os braços o máximo possível, tentando segurar o sol, mas te vi no horizonte desaparecer. Ficou ressoando "obrigado por esperar". Delirante.
Acordei em outro instante, no escuro. O quarto, cinzas. A cidade, fria. O braço ardendo em tons pretos. Fica aqui.
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