sexta-feira, 17 de outubro de 2025

arrudiando

choveu na minha cabeça por meses
não deu pra ver no meio da tempestade
mas as raízes afundavam em silêncio
e agora, olha essas flores

a carne que sente
também é a que sustenta
tronco que dobra
mas enraizado não morre

o desejo vive no impossível
o amor, nas ruínas
ambos teimosos

tô precisando chorar
soltar quem tá preso
olhar a saudade de frente
e chorar o meu jardim

Nenhum comentário:

Postar um comentário