Um brilho eterno de uma mente sem lembranças assim que eu abrir qualquer feed ou pesquisar e ler no pretérito mais que imperfeito. Pra lembrar não basta guardar, o usuário pode não ser encontrado. Tem que criar seu próprio processo antes, seu próprio sistema.
Sistema-lógico-afetivo. Tem razão na emoção? Acho que talvez um caminho onde a gente escolhe o que enfatizar e enraizar, e o que esquecer e sumir. Pra sobreviver sem se perder. Confia no processo. Confia no sistema-lógico-afetivo que você estabeleceu pra si. É preciso estar atento e forte afinal.
Atento ao processo, atento ao sistema, atento aos seus fundamentos. Porque a técnica não é isenta, nem neutra. Podemos nos apropriar de qualquer instrumento se pá, mas no mínimo atentos aos seus fundamentos e objetivos de criação.
E forte pra segurar essa onda e não se afogar. Forte pra (se)construir, (se)destruir, (se)reconstruir. Porque o que não muda é que tudo muda, então vários cenários imprevisíveis. O previsível é onde você escolhe agir, mas sem expectativas.
A parte do lógico pode ficar à cargo do próprio sistema. A parte do afetivo tem que ter criação, criatividade, ousadia, presença e arte. Arte como ato livre de se revelar e se preservar. Tem que ser seu, mesmo que não saiba pra onde. Faz isso. E confia no processo. Insiste com dignidade o seu próprio processo. É uma questão de crença também. Faz parte dessa tecnologia.
E se o corpo é máquina viva, a mente é seu banco de dados. É preciso indexar, porque são muitas linhas. Nem brilho eterno, nem sem lembranças. Estão lá, guardadas com nome, cheiro, som e arte. A arte que transforma lembrança em linguagem, indexação afetiva. Atravessando, traduzindo e honrando a nossa história. Enfim livre.
Com arte, finalmente, bem indexadas no seu sistema-lógico-afetivo. Pra acessar quando quiser. Pra deixar em paz quando não puder. Pode descansar e soltar. E, ao fechar os olhos, quando a saudade for te procurar, não importa a hora nem lugar, escuta e deixa ir.
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