Sexta-feira igual a todas, cigarro torto na mão, as mesmas músicas, pés apoiados numa cadeira vazia que nunca esteve vazia de verdade.
Um beijo como se o mundo fosse acabar antes do fim. Riso como se não tivesse trauma nem conta de luz. Paixão por impulso, por droga, ou por carência — e tudo bem.
Fingindo piada, mas falando sério. Inspirado em momentos completamente banais.
As letras vem certeiras — ou erradas, que é a mesma coisa. A música vem como pergunta, a pergunta como poema. Bate como tapa e afago.
As vozes baixam, o cigarro apaga, a cadeira vazia.
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