Progressão para o paraíso com fins de registro, aprendizado e ressonância em lá maior com nona. Bem bonito, sabe? Profundo, pra dentro, intenso e ao mesmo tempo pleno.
A jornada é longa, o processo é lento. Mas olha, é massa, visse? Não deixa de olhar pela janela do ônibus, na moral mesmo. Começa do começo, né? Antes de começar. Na preparação, no sonho, no plano, no fenômeno. Antes de virar acontecimento, acontece na mente, em mil modelos, nenhum preditivo. Um bom plano é orgânico, estabelece alguns horizontes e se abre em todas as direções e dimensões.
Depois, se vence a cidade. Ela te puxa a cada curva, a cada possibilidade de retorno ela te chama. Mas você sabe seu propósito. Você segue pro porto. Não para ficar no cais, mas pra cruzar a baía. Pra ilha. Sem deixar de fantasiar. Mas à ilha dos acontecimentos. À ilha que se repete.
Peço força a todos os ancestrais para trilhar as curvas da vida e não sobrar em nenhuma. Nem me perder em nenhuma dobra. Porque o caminho é longo e o processo é lento. Mas com constância mecânica, repetição como mantra e transe orgânica a gente chega. Vem aí. Agora a gente chega.
A chegança é surreal. A vida se desabroxa de outro jeito, feito um sonho. Ou será que essa é a vida real? O que vale a pena tá aqui. Tudo. De um mel branco fermentado a água doce mais límpida.
Aqui, o tempo espreguiça. O sol abraça. O corpo lembra da dança. As frutas são mais doces, o riso mais largo, o mar mais íntimo. Tudo flui numa linguagem mais suave. E o que antes era peso vira pólen. Aqui bate mais forte. Bio-psico-social.
Mas assim, o paraíso não é isento, tá? Não foi feito pra te salvar de ti mesmo. Aliás, não foi feito. Tá aí só. E tu atravessa com tu inteiro. Teus morangos, mas também teus fantasmas, e o sumo de ambos na boca. É um convite pra olhar o todo, o inteiro.
E então a ilha fica, mas a gente parte. Ou será o contrário? O mar se abre de novo, a cidade reaparece no horizonte. Mas agora é diferente. O paraíso não é um lugar, mas o jeito que o corpo habita o tempo e espaço. A gente não foge de si. Todo lugar que eu ia eu tava lá. E ali, nesse encontro, mora o paraíso. Ou o inferno. Depende do dia. Bio-psico-social.
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